Domingos Magaldi

Nascido em Tatuí aos 31 de dezembro de 1881, filho de Nicolau Felício Magaldi e Maria Molitor Magaldi. Tinha oito irmãos. Ingressou no Seminário Episcopal de São Paulo e foi ordenado sacerdote aos 6 de março de 1909, por Dom Duarte Leopoldo e Silva, sendo nomeado pároco de Angatuba em 8 de dezembro desse mesmo ano.

Foi transferido para Sorocaba em 5 de fevereiro de 1913, sendo nomeado por Dom Lúcio Antunes de Souza, que era bispo de Botucatu. Na época, a Diocese de Botucatu compreendia grande número de cidades, inclusive Sorocaba e Tatuí.

Fez caridade sempre em silêncio, nunca deixando de ajudar os enfermos e pobres que o chamavam. Em 1918, o sacerdote iniciou a reedificação da matriz, quando organizou a Comissão que derrubou a velha matriz – menos a fachada e torre – e construiu a atual catedral de Sorocaba.

Antes de ser criada a Diocese de Sorocaba, o sacerdote ocupou os cargos de secretário e visitador diocesano, vigário geral do bispado e consultor diocesano na Diocese de Botucatu. Atuou como governador da Diocese quando faleceu o bispo Dom Lúcio Antunes de Souza e foi cônego honorário da Catedral de Botucatu.

Com a chegada do novo bispo a Botucatu, Domingos Magaldi retornou a Sorocaba. Teve relevante atuação na criação da Diocese sorocabana, que se tornou realidade em 4 de julho de 1924 e foi nomeado o primeiro bispo de Sorocaba, Dom José Carlos de Aguirre, que tomou posse em 1º de janeiro de 1925. Magaldi foi pároco da Catedral de Sorocaba, vigário geral, consultor diocesano e membro do Conselho de Administração Temporal. Em 30 de agosto de 1926 recebeu do Papa Pio XI o título de Camareiro de Honra de Hábito Roxo (monsenhor).

Monsenhor Domingos Magaldi teve contrariedades devido à política sorocabana em 1933. Assim, nem o povo e nem o bispo conseguiram evitar a sua renúncia e a permuta com o pároco de Itapetininga. Aos 15 de setembro de 1933 foi transferido para Itapetininga, onde permaneceu até 25 de setembro de 1934. Retornou para a Diocese de Sorocaba como avulso e mudou-se depois para São Paulo, quando venceu as eleições para deputado estadual.

Foi eleito deputado estadual por Tatuí, em 1934, pelo Partido Constitucionalista. Atuou em colaboração aos prefeitos tatuianos João Gândara Mendes, Firmo Vieira de Camargo e Deócles Vieira de Camargo, junto ao governo do Estado. Foi eleito vereador em Tatuí em 1936, quando chegou à presidência da Câmara, mas renunciou pouco tempo depois para retornar à Assembleia Legislativa.

Faleceu aos 18 de março de 1945. Seu corpo foi velado na igreja matriz de Tatuí, com grande acompanhamento até o cemitério “Cristo Rei”, onde foi sepultado no jazigo da família Magaldi. Na região central existe uma via pública com o seu nome.