Nascido em Cristais Paulista, aos 26 de dezembro de 1912, filho de Tibúrcio Lourenço Junqueira e Isoldina de Lima Junqueira. Ficou órfão aos cinco anos, quando foi morar com a avó, Maria Tomásia de Lima. Trabalhou em sapataria, fábrica de gelo e sabão, bar e café. Aos 14 anos foi para São Paulo, mas após a tentativa frustrada de conseguir emprego, retornou para a fazenda dos avós, seguindo posteriormente para Batatais, onde aprendeu a jogar polo e ficou até os 17 anos.
Apoiou Getúlio Vargas, mas o combateu quando se instalou a ditadura. Quando acabou a Revolução de 1932, foi dispensado da Cavalaria Divisionária de Pirassununga, por ter tomado parte no movimento contra o Governo Federal. Após a Revolução, passou um tempo em Descalvado, atuando em um time de polo e retornou a Pirassununga, onde montou uma padaria.
Chegou a Tatuí em 1934, para jogar polo no time do São Martinho, onde foi campeão por duas vezes. Trabalhou na Fábrica São Martinho, na lavoura de algodão e na criação de porcos. Sua principal atividade comercial foi a agropecuária. Teve quatro filhos: Crispiniano, Olívio, Marcelo e Valéria.
Elegeu-se vereador na Legislatura 1960-1963 e foi reeleito para a Legislatura 1964-1969, ocupando por a presidência da Câmara entre 1960 e 1963, tendo retornado posteriormente em 1968. Foi presidente da UDN por oito anos e do MDB por quatro anos. Foi um dos fundadores do Clube de Campo e diretor de futebol da Associação Atlética XI de Agosto. Em 1959 recebeu o título de “Cidadão Benemérito de Tatuí”, homenagem proposta pelo então presidente da Câmara, vereador José Celso de Mello. Em 1992 recebeu nova homenagem da Câmara Municipal, desta vez com o título de “Cidadão Tatuiano”.
Foi prefeito de Tatuí por duas vezes, nas gestões 1956-1959 e 1977-1982. O segundo mandato foi marcado por duas cassações. A primeira causou-lhe o afastamento do Poder Executivo por oito meses, de 29 de janeiro a 4 de outubro de 1979, quando o vice-prefeito Dionísio de Abreu Neto assumiu o cargo de prefeito. No mesmo dia em que entregava a chave do novo prédio da Câmara Municipal ao então presidente, Joaquim Amado Quevedo, os vereadores se reuniriam durante cinco horas para votar o pedido de cassação do prefeito. O motivo seria a derrubada da fonte luminosa e a construção do coreto da Praça da Matriz, obra que teria sido realizada com verba não prevista em orçamento. O prefeito somente voltou ao poder depois de apelação ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que entendeu que a obra teria sido edificada com restos de materiais de construção. Em 14 de maio de 1981, José César, então presidente da Câmara, conseguiu aprovar nova cassação, invalidada quatro dias depois por força de liminar.
Após sair da prefeitura, Junqueira ainda tentou por duas vezes eleger-se vereador. Faleceu em 5 de setembro de 2002. A praça em frente à Câmara Municipal leva o seu nome.