De acordo com a vereadora, a empresa administradora está sendo ignorada pela Prefeitura
Durante a Sessão Ordinária da última segunda-feira (2), a vereadora Cintia Yamamoto foi à tribuna e apresentou novos questionamentos sobre a situação da UPA de Tatuí, especialmente sobre os pagamentos mensais à empresa que administra o local.
“Meus Requerimentos vêm sendo rejeitados há algumas semanas. Não tem problema. Coloquei novamente. Está sendo feito o repasse mensal à UPA? Eu trouxe mais uma vez a verdade sobre a UPA, que o ‘vice em exercício’ não quer que a população saiba. Infelizmente já está tendo calote. E não é só na UPA, mas em vários setores da Prefeitura. Já falei que não tem problema rejeitarem os meus Requerimentos, pois não tenho preguiça de trabalhar”, iniciou a vereadora.
Em seguida, direcionou sua fala ao vereador Marquinho de Abreu. “Na semana passada, inclusive, o ‘vice do vice’, o Marquinho, articulou com os vereadores eleitos da base do prefeito, para que votassem contra os meus Requerimentos. E ele foi embora antes da minha fala final. Então hoje eu o convido a prestar atenção, porque eu trouxe novas respostas da UPA. Respostas oficiais. Protocolei e tenho diversas respostas sobre a UPA. Protocolei em mãos, já que não está dando certo pela Câmara. Não tem problema. A gente vai atrás para trazer as respostas para a população”, salientou.
De acordo com Cintia Yamamoto, foram feitos questionamentos se os repasses estão ocorrendo na data conforme o cronograma, se há falta de medicamentos, se a “OS” possui fornecedores com pagamentos em atrasos, se o pagamento referente ao lixo hospitalar está em dia, se houve atraso na coleta, se os funcionários estão recebendo no dia certo e se a Secretaria de Saúde foi notificada quanto a possíveis faltas de medicamentos e repasses. “E que nos enviassem documentos comprobatórios. Infelizmente a UPA vem tentando contato com a Prefeitura e nada. Enviaram diversos ofícios tentando contato com a Prefeitura. Além de mentiroso, o ‘vice em exercício’, pelo visto, é caloteiro. Que triste para Tatuí. Recebeu ofício sobre o repasse em atraso, sobre a falta de medicamentos. Dia 30 de outubro outro ofício. Nada de resposta. Ele não tem coragem de ir até a UPA. É ‘brincadeira’ que eles tenham que implorar para a Prefeitura dar algum retorno”, destacou.
“Está no contrato, é direito deles. Se está no contrato que a Prefeitura tem que fazer determinado repasse, ela deve fazer. Se fosse o contrário, queria ver o que ia acontecer. Infelizmente, eu sei o que ele está tentando fazer. Tentando dar calote nessa empresa, para inverter uma situação. Para passar assim: ‘Nossa, a empresa não está dando conta’. Realmente, eu também acho que está na hora de trocar essa empresa, mas então faça da forma correta, para que não prejudique os funcionários futuramente. Os funcionários já estão exaustos”, enfatizou a vereadora.
Cintia Yamamoto também relembrou que já foi feito pedido para analisar novamente o contrato. “Contratar mais profissionais, mais médicos, mais técnicos, mais enfermeiros e eles não respondem. Então, se não está dando mais certo, chame a empresa, pague o que deve, rescinda o contrato. Abre outra licitação, não tem problema. O que não pode é ignorar, pois está ignorando a saúde do povo”, ressaltou.
Já estava perto de encerrar o tempo de fala, mas a vereadora ainda tinha informações para apresentar. “Vou compartilhar aqui algumas respostas rapidamente. Só para concluir”, disse.
O vereador Marquinho de Abreu presidia a Sessão no momento e respondeu que havia apenas 4 segundos restantes. Ao término do tempo, ele agradeceu a participação da vereadora na tribuna, mas não concedeu a prorrogação para que ela concluísse a fala. Na sequência, chamou a próxima inscrita, que era a vereadora Gabriela Xavier.
Devido à situação, no decorrer da Sessão, Cintia Yamamoto e Marquinho de Abreu seguiram em conflito.
Em momento posterior, o presidente da Câmara, vereador Eduardo Sallum, de volta ao plenário e à presidência da Sessão, ouviu questionamentos da plateia sobre o ocorrido e respondeu que normalmente autoriza os vereadores a concluírem as falas. Mas ponderou que, quando um vereador está na presidência, conduz a Sessão da forma que melhor entender. “Eu acho que deve dar oportunidade ‘pra Chico e pra Francisco’ fazerem a fala. E o ‘pau que bate em Chico, tem que bater em Francisco também’. Mas essa é a minha forma de conduzir. E o vereador Marquinho tem a prerrogativa de conduzir como quiser quando ele está no exercício da presidência. E pode ser contestado politicamente, se assim a população entender”, explicou Sallum.
Marquinho de Abreu justificou que seguiu o Regimento Interno.