Márcio do Santa 18 11

Usando a tribuna na Sessão Ordinária da última segunda-feira (18), o vereador Márcio do Santa Rita focou em três Requerimentos de sua autoria, que tratam sobre as funcionárias da varrição, uma servidora que permaneceu designada num local desativado e banheiros sem porta para uso de servidoras no Lar São Vicente de Paulo.

“Chegou a informação, eu estive no local, na área industrial, onde era o prédio da Secretaria de Zeladoria, que ainda havia uma funcionária lá. Foi retirado o sistema de monitoramento, o relógio de ponto, desativada a água, foram tirados os móveis e deixaram essa mulher. É um local ermo e eu conversei com a colaboradora. Ela teve que ir até um ponto de sucata, pegar um banco da sucata, uma carteira de escola, para poder ficar como vigia no local. Não sei por qual motivo e até ela não soube explicar. Mas eu fiz o questionamento e fiz uma publicação no Facebook. Não sei se o senhor prefeito sabe dessa situação, mas isso é desumano, deixar uma pessoa, uma mulher para servir como vigia no local, sozinha, no lugar ermo e praticamente desativado”, enfatizou o vereador.

Márcio do Santa Rita também falou sobre servidoras da varrição de ruas. “Foram retiradas as mulheres da área central, que ficavam próximas à Praça de Alimentação, e encaminhadas para o Lar São Vicente de Paulo, naquele prédio que foi locado pela Prefeitura. Estou fazendo um questionamento por qual motivo realocaram essas mulheres lá? Ficam juntos, homens e mulheres, algumas funcionárias moram bem longe, o transporte público chega ao mercado municipal às 4h20 e isso é muito difícil. Também referente às condições do local, se olhar as fotos, os banheiros não têm portas. O local é inadequado para receber essas mulheres. E o que eu vejo é uma atitude dessa administração totalmente fora da realidade”, afirmou.

“É importante para nós vereadores, da situação ou oposição, irmos até o local, visitar e ver isso. Porque não poderia estar acontecendo dentro da nossa cidade. É desumano colocar as mulheres nesse local. As mulheres desenvolvem atividades nas ruas, mas tem um momento que elas vão lá buscar o material, vão tomar um café e inclusive utilizar o banheiro. E o banheiro não ter porta?”, questionou.

O vereador falou ainda sobre o transporte das servidoras. “Colocando vassoura, carrinho, tudo no mesmo transporte que elas usam para desenvolver as atividades. Será que a lei permite isso? Nós vamos buscar melhores condições para essas mulheres que fazem a varrição da nossa cidade. Temos que defender os direitos dos funcionários públicos. Não é simplesmente ir trabalhar e colocar goela abaixo com material, com vassoura, com carrinho, tudo dentro do ônibus, tudo apertado. O ônibus já é pequeno. Foi só passar as eleições que vai colocando goela abaixo ao funcionalismo público. Não é dessa maneira. Nós temos que fiscalizar e questionar aquilo que é necessário para um bem coletivo, tanto para a sociedade, quanto para o colaborador”, disse.

“Tem fotos e vídeo. O que estou falando são questões concretas. Questiono o chefe do Executivo, junto com a Secretaria responsável, para que deem resposta não somente a mim, mas também para os colaboradores que fazem a limpeza numa parte da cidade. Porque uma grande parte dos bairros infelizmente não tem a quantidade de funcionários adequada para executar a limpeza. Espero que deem uma resposta”, finalizou.