Usando a tribuna na Sessão Ordinária da última segunda-feira (11), a vereadora Cintia Yamamoto apresentou demandas sobre a UPA.
“Eu quero ver quem vai conseguir subir aqui e defender o que não tem defesa. Infelizmente e supostamente está tendo calote mais uma vez. Eu coloquei aqui na Câmara se estão sendo feitos os repasses conforme o cronograma acordado com a gestão para a UPA. Caso a resposta seja afirmativa, informar o valor atualizado da dívida, informar demonstrativos financeiros e empenhos atrasados. Temos informações que passa de R$ 3 milhões o débito com a UPA”, iniciou a vereadora.
Na sequência, a vereadora relembrou a fala do presidente na Sessão anterior, referente à falta de recursos. “O senhor falou que teve que fazer uma devolução para a Prefeitura, de R$ 30 mil, porque eles não tinham dinheiro para fazer a iluminação de Natal. Para pagar a UPA não tem, para fazer a iluminação não tem, mas para voltar os ‘carguinhos’ comissionados pós-eleição tem dinheiro”, comentou, mostrando o jornal com a publicação das nomeações.
“Para que todos entendam, no final de toda Sessão, nós votamos os nossos Requerimentos e Moções. Se eles são aprovados, vão para os determinados setores para conseguir as respostas. Existem diversos Projetos de Lei de minha autoria que foram rejeitados pelos vereadores aliados ao ‘vice em exercício’, mas eu entendo que isso seja politicagem. E na semana passada foram rejeitados Requerimentos meus. Isso é muito triste, porque é o meio que a gente tem de cumprir com o nosso dever”, lamentou a vereadora.
Cintia Yamamoto foi interrompida por quatro vezes devido a manifestações na plateia. O presidente da Câmara, Eduardo Sallum, interveio para orientar sobre a proibição de manifestações durante as falas dos vereadores.
A vereadora explicou que, devido à rejeição dos Requerimentos, protocolou os questionamentos diretamente na UPA. “Deram um monte de folhas de respostas. Respostas oficiais do gestor da UPA que eu vou compartilhar rapidamente algumas partes com vocês”, falou.
Entre os temas pontuados, Cintia Yamamoto leu trechos sobre novas contratações, horários de atendimento, regulamentação das vagas, atendimento com especialistas, contratação de técnicos de enfermagem e enfermeiros, escala de enfermagem, número excessivo de atendimentos e a necessidade de repactuação contratual para aumentar os quadros de profissionais.
Cintia Yamamoto afirmou que desde março a gestão da UPA está tentando contato com a Prefeitura. “O secretário não vai lá, o ‘vice’ não vai lá, ninguém quer resolver a situação da UPA e isso está refletindo na população. Eu trouxe as respostas oficiais, porque acho que os vereadores aliados dele, não sei se teve ordem dele, pedido dele, rejeitaram os meus Requerimentos com medo da verdade. Estou aqui para trabalhar pela população e não aceitar essa gestão desonesta, mentirosa, desse mentiroso. Vou continuar trabalhando. Se eles não querem responder aqui, o meu trabalho vai ter e a população vai ter respostas. Porque nós estamos aqui, não para pensar em si próprios, mas sim na população. Para isso nós fomos eleitos”, finalizou a vereadora.