Vereador também abordou necessidade de nova pactuação para a área da Saúde
Em tribuna na Sessão Ordinária da última segunda-feira (21), o vereador Marquinho de Abreu falou sobre o Requerimento que apresentou à ministra da Saúde, Nísia Verônica Trindade Lima, referente aos medicamentos da Farmácia Popular que atualmente estão com os repasses defasados. De acordo com o vereador, após conversar com proprietários de farmácias de Tatuí, em relação aos medicamentos da Farmácia Popular, recebeu informações que o deixaram preocupado sobre o tema.
“Esses proprietários que atendem os nossos munícipes na Farmácia Popular estão trabalhando praticamente de graça para o Governo Federal e isso é muito grave. No caso da insulina, por exemplo, o governo repassa R$ 20,50 para cada frasco, mas a farmácia compra por R$ 21,50 e ainda paga os impostos. E são cerca de 36 itens na Farmácia Popular. Muitos proprietários de farmácia estão evitando comprar essas medicações, pois o custo é maior que o repasse recebido”, afirmou.
O vereador ressaltou a necessidade de providências para corrigir essa defasagem. “A gente pede que o Governo Federal analise bem esses casos, pois quem sofre é a nossa população. Alguns proprietários ainda estão comprando esses medicamentos para disponibilizar na Farmácia Popular, pois consideram que os pacientes também compram outros medicamentos que não fazem parte da relação subsidiada pelo Governo Federal e outros itens, como fraldas e itens de perfumaria. Mas o prejuízo está sendo grande e isso é complicado. É preciso rever”, comentou.
Marquinho de Abreu explicou que a base recebida do Governo Federal pelas farmácias é referente a medicações de uso hospitalar. “Sabemos que essas medicações hospitalares são mais baratas, pois não têm caixas, não têm embalagens ou bulas e isso barateia o custo. Mas nas farmácias o valor é maior, pois os medicamentos são vendidos em embalagens, em caixas, têm bulas, e isso é inserido no custo também. As farmácias não estão tendo incentivo para comprar essas medicações e fazer o atendimento”, disse.
Também sobre essa demanda, o vereador falou que o objetivo é fazer com que a ministra avalie a situação e melhore os recursos pagos aos estabelecimentos. “Muitas vezes o município não compra essas medicações, pois já existe o atendimento gratuito na Farmácia Popular. Agora, se o paciente chegar na Farmácia Popular e não encontrar a medicação, vai acabar indo para a rede básica de Saúde. E sabemos que a rede não supre a necessidade de todos. É preciso rever isso. Peço a atenção do Governo Federal e da ministra para que analisem esse caso, pois isso não ocorre apenas em Tatuí”, completou.
PACTUAÇÃO – Marquinho de Abreu usou o tempo para falar ainda sobre o Requerimento enviado ao secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva, onde pede informações sobre o motivo do congelamento e qual a previsão para a retomada de novas pactuações do Estado com os municípios atendidos pela DRS XVI, da qual Tatuí faz parte.
“Estamos atendendo pacientes de outras cidades vizinhas de Tatuí e com isso o nosso município está gastando quase 40% do seu orçamento atualmente na área da Saúde. Tatuí precisa receber por isso, pois esses atendimentos têm custo. Mas há cerca de 12 anos não se faz uma nova pactuação”, destacou.
O vereador afirmou que a cidade tem capacidade para executar serviços de alta complexidade atualmente, mas está enquadrada apenas em pequena e média complexidades. “Está na hora do Governo Estadual verificar a possiblidade de passar serviços de alta complexidade para o nosso município. A Santa Casa tem condições de oferecer esses serviços e, claro, receber por isso. Temos que rever essa pactuação o mais rápido possível. Por isso fiz o Requerimento ao secretário estadual, para que ele verifique isso com muito carinho na DRS XVI que engloba o nosso município”, finalizou.